Volto pra casa e dou com Victor ainda em pé. E aí? - quer saber. A pior viagem da minha vida. Gente grosseira, cidade suja, lixo de comida; tudo é exagero e entretenimento ali. - desabafo. Ele abre o sorriso dos justos e fala: não lhe disse? a única coisa boa de ir aos Estados Unidos é o alívio de cruzar a fronteira de volta ao Canadá. E me deseja os bons sonhos de que preciso. Não sei se são os Estados Unidos, ou se é apenas Chicago. O fato é que, voltando a Toronto, paramos em uma cidadezinha de Indiana para os shopaholics fazerem mais uma das muitas compras. Três horas de purgatório. Mas uma simpática cafeteria e o Jonathan Franzen na malinha prometem salvação. Depois de três dias, volto aliviado a entender algo do que me dizem em inglês. - Não se preocupe, nem eu entendo o que falam naquela bagunça que é Chicago. - diz a atendente. E me deseja boa leitura ao som da musiquinha francesa clichê que ecoa não sei de onde. Pego o dicionário e
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