O século passado estava nas últimas quando fiz minha primeira e única viagem à Alemanha. Durou coisa de umas três horas e o trajeto foi pouco mais que um pulada de muro. Tudo bem, até que vi demais Jornada nas Estrelas na extinta Manchete, mas não é de teletransporte que estou delirando. O negócio é que meus vizinhos do fundo eram alemães. Chegaram ali pouco depois que minha família e eu nos mudamos pra casa da Bela Vista e, durante um bom tempo, não passamos de estranhos dividindo o muro do quintal. Até que um belo dia Ulrich esteve lá em casa para tratar não sei de que e - bum! A imagem daquele homem esguio, que falava um idioma exótico, entrou-me na fantasia de menino. Dali a um tempo, minha mãe e eu topamos com ele e a esposa no Iguatemi. Conversa vai, conversa vem, Gabriele nos convidou para um almoço em sua casa, dia tal, hora tal. Foi aí que se deu a viagem. Fomos à Alemanha dando a volta no quarteirão e entramos no país atravessando a Flor
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