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Mostrando postagens de setembro, 2017

A mão invisível

Ela está em todo canto deste planeta, é mais presente que o mais onipresente dos deuses, porque veste, alimenta e dá abrigo, ou nega tudo isso até mesmo a quem nela não crê. É a Geni pelo avesso, que nos mima com facilidades na cama, no banho, na mesa ou na palma da mão, para depois ser insultada pelo que cobra em sangue e suor na canela. Nem sempre esteve aí. Senhora recente de humanos, seus não mais que três séculos sequer fazem cócegas no rival que, mesmo milenar e surrado, continua dando (pro) gasto. Aliás, embora vivam às turras no mercado, os dois se encontram o tempo todo no banco, fazem a corte e não é raro que se casem ora com pompa, ora com muita discrição. Há quem se derreta por ela e pense que sem seus afagos e suas bofetadas, vamos parar na sarjeta. Mas há quem veja que, não fosse o rival, muita gente nem sairia da sarjeta. Já tive cá uns encontros com ela. Em meu primeiro emprego, por exemplo, ela se negou a assinar carteira e descontar a P