Trinta e dois anos depois, cedi à pressão. De repente, eu me vi com uma célula tão viva na mão que, se for a Florença e passar em frente à Academia de Belas Artes, vai fazer pose de estátua, franzir a testa, olhar de banda e me dizer: fala, homem! Até anteontem, meu papo com a mocinha da loja de celulares era bem rápido: o mais barato, com teclado pra discar e resistência a queda, por favor. Nesse passo, mantive a sanidade enquanto pude. Mas aconteceu de - quanto vacilo! - eu começar a padecer de interesse por fotografias. Meio louquinhas, é verdade, só pra ensejar legendas ainda mais birutas. Mas da foto à boa câmera, bastou um clique. Mal tirei o bichano da caixa, a primeira queda. Mal o levei pra colocar coleira e focinheira, o segundo baque. E ainda nem havia pagado a primeira prestação quando quase o atirei no carro da Emlur! Mas vocês logo verão que o motivo da ira é justo e não me recomendarão sequer meia hora no caroço de milho assad
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