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Mostrando postagens de maio, 2020

Triste e velho Brasil

Sérgio Moro deixou o Ministério da Justiça em nome da lei e da biografia. Foi o que ele alegou. Sua biografia, entretanto, já estava irremediavelmente danificada desde, pelo menos, novembro de 18. A princípio, considerei a Lava-Jato uma conseqüência possível do regime a que magistrados, promotores e procuradores foram submetidos a partir de 1988. Antes disso, a estrutura do Judiciário e certas funções do Ministério Público confundiam-se com o Poder Executivo. Não raro, juízes e promotores transitavam entre a toga e a tribuna. Com a Constituição, a autonomia de Judiciário e Ministério Público foi assegurada e as respectivas carreiras foram ou começaram a ser definitivamente apartadas da vida partidária. Vieram os concursos, mudanças na formação dos juristas e o clamor por servidores públicos conscientes e comprometidos. Tudo isso somado prepararia o terreno para uma mudança. E a mudança permitiria a atuação institucional de Judiciário e Ministério Público para, dentro dos limites legais