A revolução começa na sala de espera dos consultórios médicos, bem na hora que a secretária liga a tevê naquele programa mais besta que piada de doido ou português. Um paciente pede que mude pros documentários da TV Escola, outra entra na fila com o DVD de A Grande Beleza e um terceiro implora que troque a revistarada toda pela 451. Só nessa brincadeirinha, meia dúzia já se cura da dor nos trigêmeos antes mesmo da consulta, vai pro trampo mais alegre e passa o resto do dia sem baixar desgraça no zap. A revolução se espalha daí pra sala de casa, bem na hora que o canalha que berra no programa policial ou no púlpito de falso profeta começa a encher os bolsos e sugar as mentes. O filho bota um Waldir Azevedo pra tocar na vitrola, a filha abre uns bagulhos de Jorge Amado pra ler à meia sola e os pais se perguntam de onde foi que saiu tanta imaginação. Daí para os salões de baile, a revolução se alastra mais veloz que num clique e estoura bem na h
As crônicas de Thiago Lia Fook no Facebook