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Mostrando postagens de novembro, 2018

Coisa de menino

Fuga de prisão é coisa séria. Que o diga a fuga recente da penitenciária de João Pessoa. A segurança era máxima, mas a porta foi pelos ares, um PM morreu e uma centena deu no pé com dificuldade mínima. Mal começou a caçada, veio o pânico no zap. Tiros em Manaíra, captura no Bessa, carreira no Altiplano. Coisa de cinema. Ou coisa de infância. Quando eu era menino, Pablo Escobar virou fugitivo da Interpol e ganhou (ainda mais) os jornais. Naquele tempo, o terror de quem andava nas ruas de Campina Grande era dar com um trombadinha na esquina. O que já era terror suficiente, mas não passava de um terror local, sem o glamour da fuga internacional. Já Pablo Escobar, embora fugisse dentro de casa mesmo, era um caso de mobilizar polícias e diplomacias. E dava na tevê, não em patrulha policial, mas em horário nobre, com Cid Moreira, Boris Casoy, Lillian Witte Fibe. Eu acompanhava aquilo tudo e tremia. E se ele tomasse um avião, entrasse no Brasil sem ser visto, viajasse