Dois ou três amigos me perguntam sobre o que penso da intervenção no Rio e eu penso que, além de ser um desconfiado, estou apenas mal informado pelos jornais. Os jornais me dizem, por exemplo, que houve doze ações do Exército no Rio desde 2008 e o comandante Eduardo Villas Bôas avalia o resultado como desgastante e inócuo. Quero então pensar que o Exército articulou com o governo a substituição de ações policiais pontuais pela intervenção direta e sistemática no comando do aparelho de segurança. Mas aí vem o general Braga Neto e diz que acaba de receber a missão e está planejando como cumpri-la. Uma decisão dessa envergadura não foi integralmente traçada? Os jornais também me trazem relatos de moradores de comunidades dando conta de que as doze ações de garantia da lei e da ordem não separaram bandido de gente de bem. Invasões de domicílio, restrições às liberdades fundamentais, tratamento humilhante e estupro compõem o rol das violações aleg
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