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Mostrando postagens de setembro, 2020

Contra os vermes

Se tem uma coisa que gosto de fazer, é ir à farmácia. Não, minha jovem leitora, ainda não fiquei velho, embora esteja (contente) a caminho. Mas detesto sofrer e adoro papear. Lá vem a dor na cabeça, a inflamação na garganta, a infecção no intestino e uma passada no consultório, um pulinho na farmácia fulminam a dor antes do segundo pio. De quebra, o brinde: o bom e velho papo com @ atendente, que atualiza qualquer bom ouvido nas últimas novidades da comédia humana. Se a farmácia estiver vazia, então - que beleza! A farmácia é o xeque-mate ao milagre, o fim de toda e qualquer curandeirice. Nela, jaz a morbidez da cruz e nasce, com firmeza e altivez, a crença da humanidade no bem-estar. Ontem mesmo, vejam só, a faringite mensal me levou ao otorrino e, de lá, ao prazer. A farmácia inteira, com um trio de balconistas ávido por tagarelar, ao dispor da minha faringe. Enquanto uma das moças me atendia, o rapaz recebeu uma chamada. Sim, temos. Quantas caixas? Seis?! Agora mesmo, minha senhora.