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Mostrando postagens de março, 2021

Ramos de oliveira

  Hoje cedo, quando acordei, minha irmã lembrou ao telefone os velhos tempos em que arrancávamos folhas de palmeira do jardim para ir à Missa de Ramos. Agitar aquelas folhas era uma diversão. Boas lembranças. Melhores ainda porque me trazem outras, meio pessoais, meio históricas. Sou um apóstata que manteve certo fascínio pelo abandonado credo. E o fascínio tem suas causas. Adoro observar, por exemplo, como o catolicismo romano preservou, em seus códigos e rituais, elementos da antiga cultura greco-romana e os trouxe, metamorfoseados, até os nossos dias. Vejam o caso do Domingo de Ramos. Os quatro evangelhos narram com variações a entrada de Jesus em Jerusalém. Mateus fala em vestes e ramos de árvores espalhados pelo chão; Marcos, em vestes e ramos apanhados no campo. Lucas, por sua vez, menciona apenas as vestes. E João é o único que dá nome ao tronco: eram ramos de palmeira. Mas havia palmeiras em Jerusalém? - perguntam-se alguns estudiosos. O próprio João conta que Jesus encontrou u