Se a justiça fosse mero silogismo, o mundo inteiro iria às urnas depois de amanhã para escolher quem vai ocupar os jardins da Casa Branca e os quintais alheios pelos próximos quatro anos. Em uma democracia, diríamos nesse silogismo, o poder é exercido por representantes de quem a ele se submete, o mundo inteiro está submetido à marinha de guerra de Washington; logo... Mas a justiça é um produto precário e simbólico de conflitos, acordos e traições; não se arranca facilmente de quem tem o poder, nem se conquista por meio de qualquer trocadilho barato. Não escolheremos, pois, entre elefantes e burros, mesmo que nossas empadas e coxinhas sejam devassáveis pela Agência de Segurança Nacional e estejam ao alcance do Comando Militar Sul. Seria, entretanto, um exercício de divagação histórica (daqueles pouco recomendáveis e muito deliciosos) imaginar como seria se o planeta inteiro fosse sacolejado por um hiper Édito de Caracala. Já escuto a pergu
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