Por esses dias de muito iFood e pouca praça de alimentação, foi o entregador quem se encheu da falta de campainha no muro e esbravejou: que custa facilitar meu trabalho, gente?! Custa pouco, meu senhor. Mas custa sempre. Esse muro já viu campainhas dos mais variados formatos, volumes e timbres, mas nenhuma perdurou mais que o tempo do ladrão. Assim é que cansamos de fornecer mercadoria gratuita à feira de roubos & furtos e, não sem remorso, deixamos carteiros, entregadores e agentes da Sucam ao sabor dos pulmões. O bom homem aceitou a explicação e aproveitou para esticar a conversa. Falou, ou melhor, sussurrou que não desce da moto sem antes dar uma boa espiada nas copas das árvores. - Nunca se sabe, né? Vai que o ladrão lá está de esguelha, esperando a hora de dar o bote na presa. E o burro de carga aqui, já sem eira nem beira, fica sem besta nem frete! O ladrão nas árvores. Taí uma hipótese que nunca considerei, apesar de não faltar engenho aos ladrões que por aqui passaram nos ú
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