As estações do ano são quatro e seus nomes são primavera, verão, outono e inverno. Assim diziam os livros de geografia da 5ª série, naqueles 30 anos longínquos que ficaram muito, muito atrás. Como não sou geógrafo, reescrevo a Terra com a ciência das metáforas e, com a licença da crônica, digo que as estações do ano, aqui de onde suo, são duas, apenas duas: verão e menos verão. Verão é o que sentimos chegar por estes dias. No Brasil, vem com o primeiro turno das eleições em anos pares, ou às vésperas do dia das crianças e da padroeira e da invasão de Colombo, nos ímpares. De repente, janelas e portas abertas não servem mais, o ventilador de três marchas deixa de dar conta do serviço e, aí, a gente vai tomar banho e sai suado do banheiro só de ver a toalha estendida. Um sujeito descido de 500 metros de serra como eu começa a sentir falta dos dias de menino, coberta e chocolate quente. Mas o mundo anda se aquecendo doidamente - até Campina se perdeu. Resta enfrentar estoicamente a razão
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